Comentário ao artigo "Até aqui o senhor nos abençoou' de Fábio Py Murta de Almeida, Publicado em Segunda, 01 Outubro 2012 16:52 no site da Revista Caros Amigos
Por Jorge Damião Dias de Souza
Caro Fabio, é muito importe mantermos este tema em
discussão permanentemente, até mesmo para que se produza material teórico para
a formação do pensamento crítico dos leitores, bem como exercitar a democracia
real. Acredito que seja extremamente
importante lembrar que a Igreja Católica é uma Instituição que cuida
principalmente das questões da fé e da formação do ser humano partindo do
princípio da liberdade, ou seja, a Igreja não obriga ninguém a aceitar todas as
suas determinações mas, aquele que se dispõe a se tornar um membro, precisa conhecer sua
doutrina. O que quero dizer é que a
Igreja enquanto instituição Universal, não pode promover movimentos ou
ideologias que culminem com divisões na sociedade, mas ao contribuir para uma
educação libertadora, capacita seus membros de modo que possam conscientemente
e teoricamente embasados criticarem o status
co de sua época, porém, sempre tendo
em vista que o mais importante é o bem comum.
É importante lembrar também que, por mais que alguns dos defensores da Teologia da Libertação esperem muito mais ação da Igreja, não se pode esquecer, para começar, da Rerum Novarum, e ainda dos próprios exemplos que foram citados em seu artigo, foram por muitas vezes produzidos por católicos (mesmo que em alguns momentos tenham ido de encontro as determinações da igreja a respeito da não-violência, da luta armada), alguns desses casos foram situações extremas em que uma tomada de posição se fazia necessária naquele momento, naquele contexto.
É fato, e deveria ser reconhecido como crédito, que a grande maioria das ações sociais, os movimentos de luta contra as injustiças, reformas no campo da política (Lei contra a compra de votos, Lei da ficha limpa etc. para falar de Brasil), são ações diretas da Igreja ou de cidadãos formados por esta Igreja. Para citar somente o Brasil, seria muito importante listarmos a quantidade de mártires que brotam a todo tempo nas lutas por direitos, em todas as instâncias da sociedade, mas principalmente no campo. As histórias continuam se repetindo: a Igreja, diretamente, na pessoa de seus sacerdotes ou de cidadãos que formaram sua consciência a partir do pensamento cristão de igualdade, liberdade, amor ao próximo, estão atuando diretamente nestas lutas contra as diversas formas de opressão.
Para se ter uma ideia, no início deste século haviam (e ainda existem) listas de cidadãos marcados para morrer por estarem envolvidos nas lutas contra as injustiças cometidas no campo (aproximadamente em 2002, 200 nomes), entre eles, a maioria era composta de lideres formados pela Igreja Católica e ainda um grande número de padres e bispos. Há muito mais para se falar a esse respeito mas, este não é o espaço para um debate mais extenso. Deixo uma questão para todos nós pensarmos: será que a Igreja/humanidade precisam de uma "Teologia da Libertação" nos moldes que ficaram mais conhecidos no século passado no Brasil, principalmente? Ou, será possível pensar um modelo que seja realmente espelho de Cristo ressuscitado? "...a Igreja precisa de uma teologia da libertação..." João Paulo II.
É importante lembrar também que, por mais que alguns dos defensores da Teologia da Libertação esperem muito mais ação da Igreja, não se pode esquecer, para começar, da Rerum Novarum, e ainda dos próprios exemplos que foram citados em seu artigo, foram por muitas vezes produzidos por católicos (mesmo que em alguns momentos tenham ido de encontro as determinações da igreja a respeito da não-violência, da luta armada), alguns desses casos foram situações extremas em que uma tomada de posição se fazia necessária naquele momento, naquele contexto.
É fato, e deveria ser reconhecido como crédito, que a grande maioria das ações sociais, os movimentos de luta contra as injustiças, reformas no campo da política (Lei contra a compra de votos, Lei da ficha limpa etc. para falar de Brasil), são ações diretas da Igreja ou de cidadãos formados por esta Igreja. Para citar somente o Brasil, seria muito importante listarmos a quantidade de mártires que brotam a todo tempo nas lutas por direitos, em todas as instâncias da sociedade, mas principalmente no campo. As histórias continuam se repetindo: a Igreja, diretamente, na pessoa de seus sacerdotes ou de cidadãos que formaram sua consciência a partir do pensamento cristão de igualdade, liberdade, amor ao próximo, estão atuando diretamente nestas lutas contra as diversas formas de opressão.
Para se ter uma ideia, no início deste século haviam (e ainda existem) listas de cidadãos marcados para morrer por estarem envolvidos nas lutas contra as injustiças cometidas no campo (aproximadamente em 2002, 200 nomes), entre eles, a maioria era composta de lideres formados pela Igreja Católica e ainda um grande número de padres e bispos. Há muito mais para se falar a esse respeito mas, este não é o espaço para um debate mais extenso. Deixo uma questão para todos nós pensarmos: será que a Igreja/humanidade precisam de uma "Teologia da Libertação" nos moldes que ficaram mais conhecidos no século passado no Brasil, principalmente? Ou, será possível pensar um modelo que seja realmente espelho de Cristo ressuscitado? "...a Igreja precisa de uma teologia da libertação..." João Paulo II.